Promoção da Conservação das Aves Estepárias em Castro Verde

por LPN

A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) é uma Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA), de âmbito nacional, fundada em 1948, sendo a Associação de defesa do ambiente mais antiga da Península Ibérica. É uma associação sem fins lucrativos com Estatuto de Utilidade Pública.

A missão da LPN é a de contribuir para a Conservação da Natureza e para a defesa do Ambiente, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável, que assegure a qualidade de vida às gerações presentes e vindouras.

A LPN tem como objetivos principais a defesa do ambiente e contribuir para a conservação do Património Natural, da diversidade das espécies e dos ecossistemas, e tem como objetivos específicos:

1. Contribuir para a Conservação da Natureza através de atividades que compreendem a investigação e implementação de projetos de conservação da natureza e da biodiversidade;

2. Apoiar e desenvolver projetos de gestão sustentável dos recursos naturais com vista à Conservação da Natureza numa perspetiva de desenvolvimento sustentável;

3. Promover a cidadania ambiental incentivando a participação pública, através de ações de formação e educação ambiental;

4. Divulgar e sensibilizar para as questões relacionadas com o Ambiente;

5. Impedir a delapidação e a destruição dos meios naturais, ou seus elementos, e do património cultural;

6. Contribuir para a difusão do conhecimento produzido pelas comunidades académica e científica;

7. Participar de forma ativa no ordenamento e planeamento do território;

8. Colaborar com organismos congéneres e entidades oficiais do país e do estrangeiro.

A LPN tem uma vasta experiência em conservação da natureza e biodiversidade, nomeadamente do lince-ibérico, aves de rapina e aves estepárias, com mais de 30 anos de trabalho na gestão de paisagens mediterrânicas no Sudoeste Ibérico.

A LPN é proprietária de 1812 hectares de terrenos na Reserva da Biosfera da UNESCO de Castro Verde, onde promove o desenvolvimento sustentável do ecossistema estepário.

Descrição do Projeto

O projeto procura:

i. Melhorar o habitat agro-estepário, contribuindo para reverter o declínio populacional de cinco “espécies-bandeira” ameaçadas: a abetarda, o sisão, o cortiçol-de-barriga-negra, o tartaranhão-caçador (ou águia-caçadeira) e o rolieiro;

ii. Desenvolver e demonstrar um conjunto de ações de conservação que podem ser amplamente replicadas por agricultores em outras áreas estepárias, multiplicando assim os impactes positivos deste projeto.

Os objetivos específicos são:

1. Reduzir os impactes das atividades agrícolas durante a época de reprodução das aves estepárias;

2. Aumentar a disponibilidade de ninhos para aves estepárias que nidificam em cavidades;

3. Aumentar a resiliência dos ecossistemas e a adaptação às alterações climáticas com soluções baseadas na natureza;

4. Melhorar e testar novas metodologias para aumentar a disponibilidade alimentar no verão;

5. Aumentar a conetividade do habitat.

6. As ações de conservação da natureza previstas neste projeto serão implementadas em explorações agrícolas da Zona de Proteção Especial (ZPE) para Aves de Castro Verde e Reserva da Biosfera da UNESCO de Castro Verde.

Ecossistemas-chave

Pseudo-estepes da Europa Ocidental

Espécies-chave

Abetarda (Otis tarda), Sisão (Tetrax tetrax), Cortiçol-de-barriga-preta (Pterocles orientalis), Tartaranhão-caçador (Circus pygargus) e Rolieiro (Coracias garrulus) e Alcaravão (Burhinus oedicnemus)

Gestores de Projeto

Rita Alcazar e Rui Constantino

Responsáveis

Helena Freitas

Local de intervenção

Castro Verde

Período de implementação

18 meses

(Setembro de 2021 a Fevereiro de 2023)

Investimento

99.525€

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